A facada que sequestrou o emocional de milhões de brasileiros

Diógenes Júnior
3 min readDec 31, 2018

Assisti, absolutamente estarrecido, ao documentário "A Facada no Mito".

Antes eu gostaria de dizer para vocês que, desde que me mudei, em junho, para essa casinha onde moro atualmente, não tenho assistido vídeos porque não tenho internet convencional. Apenas a do telefone, que é lenta e limitada. Se eu exceder os 15 GB mensais dos quais disponho, tenho de comprar pacotes extras e, como todos sabem, estou desempregado.

Pois bem, isso digo para reforçar a importância de assistir este documentário, em especial.

Assim que li a matéria sobre ele, publicada no site da Rede Brasil Atual sentei-me em minha mesa de trabalho e assisti os 57 minutos do vídeo.

A leitura que faço é essa.

- Eu jamais acreditei na versão do "lobo solitário" que foi lá e deu uma facada no facínora. Jamais.

- Naquele fatídico dia 6 de setembro denunciei, por conta de minha intuição, que se tratava de uma tremenda farsa. As postagens estão na linha do tempo em meu perfil. Foram duas, curtidas por trezentas e tantas pessoas, e comentadas por aproximadamente a mesma quantidade de gente.
Minha intuição, como veremos mais adiante, estava certa.

- O documentário prova cabalmente, sem margem para dúvidas, que Adélio não agiu sozinho.

- A cena onde um integrante da equipe de Bolsonaro faz uma contagem regressiva com a mão levantada, partindo de cinco até fechar todos os dedos, Bolsonaro faz um gesto afirmativo com o polegar e então se dá o suposto atentado é tão reveladora quanto estarrecedora.

- O suposto atentado, o qual eu e todas as pessoas que não tiveram seus emocionais sequestrados deveríamos doravante chamar de "encenação", ou "trama", mudou o rumo da eleição.

- Na minha opinião, junto com o atentado da Rua Tonelero e o caso da bomba no Rio Centro, essa encenação da facada é a maior farsa da história política brasileira.

- Tenho para mim que a coordenação da campanha de Haddad / Manuela e seus respectivos partidos sabiam desde o início que se tratava de uma farsa, mas ficaram reféns da situação.

- Se a denunciasse, poderiam ser acusados de autores intelectuais de um atentado que nem foi, portanto se calaram com a esperança de vencer legitimamente, nas urnas.
A campanha de Haddad e Manuela estava em ascensão naquele momento.

- Lembrem-se que os emocionais já haviam sido sequestrados, e houve uma corrida por parte da campanha de Bolsonaro para associar o nome de Adélio, protagonista do episódio, ao PSOL, o que daria subsídios para uma acusação de que o suposto atentado havia sido engendrado pela esquerda.

- A impressão que tenho é que fomos enganados, fraudados também nisso, e da maneira mais criminosa possível. Uma verdadeira quadrilha agiu naquele dia, com dezenas de pessoas participando da ação. Um enorme aparato logístico lhes deu suporte.

- Lamento dizer para vocês que essa quadrilha assumirá o poder definitivamente no dia 1° de janeiro, e contando com amplo apoio da população, parte enganada, parte engajada na farsa, cúmplice por concordar com os métodos utilizados por bolsonaro.

- Bolsonaro não foi esfaqueado. Todos nós, que lhe fazemos oposição, é que fomos.
E pelas costas.

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Diógenes Júnior

Operário das palavras. Acadêmico em Filosofia. Consertador de computador. Pai do Fidel ♥️